quarta-feira, maio 01, 2024

ContraClips / Biblioteca do Contra: "O Império Imóvel", de Alain Peyrefitte.

O império britânico visita o império chinês ou a história de uma embaixada que não deu em nada.

Desperdício e desatino: Congresso americano bate record de irresponsabilidade.

Entre a comédia e a tragédia, Marcos Paulo Candeloro escreve sobre o festival de idiotia unipartidária que o Congresso norte-americano está a oferecer ao mundo, nos últimos tempos. 


 

De Dante a Solzhenitsyn: O que há de pior na ideologia progressista.

Faríamos bem em redescobrir a Divina Comédia de Dante e o Arquipélago Gulag de Solzhenitsyn e em prestar atenção aos seus avisos sobre as consequências das ideologias progressistas e da traição que realizam sobre os povos e os seus próprios ideais.


 

A última consequência existencial do liberalismo.

O Ocidente passou décadas a avançar a todo o vapor rumo ao individualismo, e poucos líderes se deram ao trabalho de parar e perguntar a si próprios se vale a pena rever esse caminho.

Onde é que isso nos levou, afinal? Como filosofia, o individualismo evoluiu da intenção de reformar e libertar para ser agora a força central por trás das forças repressivas da nossa sociedade, anulando a ideia de Deus, o conceito de pátria e o amor à verdade.

É justo perguntar onde é que isto nos leva. Se a civilização continuar a rejeitar qualquer categorização de grupo, da religião à nacionalidade, do sexo biológico ao próprio reconhecimento de que fazemos parte de um colectivo a que chamamos humanidade, o que é que nos resta?

O filósofo russo Aleksandr Dugin passou a vida a pensar nisto e juntou-se a Tucker para uma conversa exclusiva em Moscovo. 


A certa altura da entrevista, Dugin diz a Tucker:

“O último passo do liberalismo que ainda não está totalmente dado é a libertação da identidade humana; a humanidade opcional. O último passo neste processo do liberalismo, da implementação do liberalismo, significará precisamente a humanidade opcional. Portanto, podes escolher a tua identidade individual como ser humano ou podes escolher não ser humano.”
O Contra voltará certamente a esta entrevista. E a este assunto.

terça-feira, abril 30, 2024

Num cantinho do paraíso.

Foto de Susana Baptista

Quem tem medo do Big Brother brasileiro?

Marcos Paulo Candeloro escreve sobre as ordens judiciais que Alexandre de Moraes emitiu em relação aos utilizadores brasileiros do X e que a Câmara dos Representantes dos EUA tornou públicas na semana passada.


ContraClips / Biblioteca do Contra: "Nós", de Yevgeny Zamyatin ou a iniciação à distopia soviética.

Sondagem: americanos que trabalham mais horas apoiam Trump por uma margem enorme.

De acordo com novos dados do Emerson College, os americanos que trabalham mais horas preferem, de longe, Donald Trump a Joe Biden. E quanto mais horas trabalham, maior é a diferença. Trump é também mais popular entre os eleitores com menores rendimentos.


 

EUA: Assessores de topo do speaker republicano da Câmara do Representantes são pró-ucrânia e anti-trump.

Não admira que Mike Johnson, o líder da estreita maioria republicana na Câmara dos Representantes, insista em trair os valores do eleitorado do seu partido. Se o seu staff fosse mais alinhado com o unipartido de Washington, rebentava.


Marcelo Rebelo de Sousa e o patético argumento das reparações históricas.

O Líder da União escreve sobre o último disparate de Marcelo Rebelo de Sousa, que parece convencido que os portugueses de agora têm que pagar reparações por alegados pecados dos portugueses de ontem, num estapafúrdio jogo de auto-flagelação.


sexta-feira, abril 26, 2024



Contribuintes britânicos financiam doutoramentos em ‘arqueologia transgénero’ e ‘exposição transgénero’ que exibe seios amputados.

Os contribuintes britânicos estão a financiar a "arqueologia transgénero", exposições com seios decepados e doutoramentos em descolonização do dodó, história da pornografia gay e magia contra o racismo. Dinheiro bem gasto, portanto.


 

Imigrantes cometeram 77% dos casos de violação resolvidos em Paris em 2023.

Com os Jogos Olímpicos de Verão a aproximarem-se rapidamente, até a polícia reconhece que não consegue resolver o problema das violações em Paris, perpetradas maioritariamente por imigrantes.


ContraClips / Biblioteca do Contra: "10 Dias que Abalaram o Mundo", de John Reed. O caos da Revolução de Outubro, visto por dentro.

Na América de Biden, o FBI faz visitas ao domicílio para policiar crimes de pensamento.

O FBI está a fazer visitas domiciliárias em resposta a publicações nas redes sociais consideradas ofensivas. Este policiamento do "pensamento errado" foi exposto em vários vídeos que circulam na web.


Como Lenin transformou Stalin em um ditador sanguinário.

A propósito de "Estaline: Nova Biografia de um Ditador", Marcos Paulo Candeloro escreve sobre a influência que o radicalismo de Lenine exerceu sobre Estaline e como a pressão de ideologias intensamente polarizadoras pode ensombrar o mundo.


quinta-feira, abril 25, 2024

25 de Abril: Meio século depois, celebramos exactamente o quê?


Quando numa certa madrugada de Abril, Salgueiro Maia saiu da Santarém para mudar “o estado a que as coisas chegaram”, estaria certamente longe de imaginar a que estado chegariam as coisas, meio século depois.

A revolução de que foi um dos mais proeminentes e decisivos intérpretes, e que foi feita, para além da intenção imediata de rever o estatuto da carreira militar, para acabar com uma república corporativa, em que as oligarquias económicas se fundiam com a nomenclatura estatal num conluio de interesses que perpetuava o privilégio de alguns sobre a miséria de muitos, voltou a soçobrar sobre o eterno fado lusitano das elites que não prestam e dos agentes económicos que insistem em ter nos organismos públicos os seus clientes primeiros. Do estado corporativo da Segunda República passámos assim para o estado corporativo da Terceira. Neste aspecto, nada mudou.

A liberdade de expressão, que era restringida no antigo regime, foi de facto instituída nas primeiras décadas após a revolução. Mas assistimos hoje a um recuo significativo. A imprensa, tal e qual como durante os 48 anos da ditadura, fala em uníssono em favor dos poderes instituídos, num coro propagandista de tom soviético, que é por si só sintomático da doença cancerígena que alastra pela sociedade. Acompanhando as tendências em vigor no Ocidente, o regime, através de caciques cuidadosamente escolhidos e zelosamente acarinhados, de que não há melhor exemplo que Artur Santos Silva, trata de silenciar a dissidência, com ameaças, destituições e rótulos difamatórios. Quem põe em causa as narrativas oficiais é negacionista, é racista, é fascista, é sexista, é uma sub-espécie de Sapiens.

É claro que quanto maior é o esforço da máquina silenciadora, mais vozes se ouvem na interrogação ética de tudo isto, nas redes sociais. Mas pressente-se que, também nesta dimensão do fórum público, o livre arbítrio tem os dias contados e as draconianas leis do “discurso de ódio” que estão a ser implementadas por todo o Ocidente, vão cair no quadro jurídico nacional mais cedo do que tarde.

A ideia de uma democracia pluralista também cedeu aos instintos totalitários das elites políticas. Nas questões fundamentais, reina o Unipartido: Bloco de esquerda, Iniciativa Liberal, PS, PSD e CDS pensam da mesma forma em relação à imigração, à guerra na Ucrânia, aos mandatos pandémicos e ao fascismo sanitário, à promiscuidade entre o sector público e o sector privado, à ideologia de género, ao apocalipse climático e ao fardo do homem branco. Todos estão dispostos a sacrificar a identidade e a história do país, a cultura do seu povo e a sua coesão social, a prosperidade das actuais gerações e das futuras, no altar da agenda neo-liberal que domina os corredores do poder em Bruxelas e Washington. Até o Chega, que tenta desesperadamente fingir que é um partido dissidente (enquanto vive na expectativa de aceder ao poder, altura em que se conformará aos registos estabelecidos), anda alegremente de bandeirinha ucraniana na mão e embaraça o discurso com reticências, excepções e subterfúgios quando fala de imigração.

A adesão à Comunidade Económica Europeia, que prometia mundos e fundos e garantia aos portugueses que iriam viver bem como os alemães, entrou rapidamente em falência técnica, na directa proporção em que o bloco passou de comunitário a unitário e que em Bruxelas a pressão federalista desaguou no impulso autoritário. Portugal é hoje um país obrigado a negar-se pela União Europeia. Dependente do seu constante financiamento, tem que obedecer às suas políticas de desintegração social e económica. Não há volta a dar: para todos os efeitos, a revolução de Abril substitui um regime autocrático sediado no Terreiro do Paço, por outro análogo, sediado no Edifício Berlaymont, na centro da capital de um país alienígena, que tem as batatas fritas e uma estátua de um menino a fazer xi-xi como primeiras referências culturais.

O mito do crescimento económico prometido pela Terceira República cai estrondosamente quando olhamos para a curva do PIB nacional, principalmente na sua equação per capita. É na Primavera marcelista que atinge o seu máximo valor, desde 1876.

 

 

No entretanto, Portugal abandonou a sua vocação histórica, virando as costas ao Atlântico para estender a mão aos burocratas da nomenclatura continental. Com isso, perdeu o seu destino, ou pior: vendeu a sua alma.

Não é de todo disparatado condenar a segunda República pelo seu miserabilismo, pelo isolacionismo autista, por manter uma população de analfabetos, por teimar em ignorar tendências que largamente transcendiam as suas capacidades geopolíticas e por insistir num modelo que projectava oniricamente o português como orgulhosamente pobre. Ninguém quer ser pobre, como ninguém quer ser ignorante, como ninguém quer ser sozinho.

Mas há diferenças entre os dois modelos de estado corporativo que experimentámos em Portugal nos últimos cem anos e que, lamentavelmente, não favorecem o regime que preencheu ou últimos cinquenta: A Segunda República podia interpretar de forma errada os valores deste país, mas procurava defendê-los. Podia ser um república comesinha, avarenta e de vistas curtas. Mas não gastava mais do que tinha, não dependia de terceiros, não alimentava a corrupção e o compadrio a céu aberto, e era senhora do seu nariz. Alimentava de facto um país de escolaridade deficitária. Mas as pessoas, sendo iletradas ou iliteradas eram, paradoxalmente, muito mais educadas. Os intérpretes do Estado Novo eram fascistas, eram oligarcas, eram autoritários e eram agentes da PIDE, organização muito pouco recomendável. Os tribunais prendiam pessoas por delito de opinião e prendiam-nas em calabouços de pesadelo, como o Tarrafal. É verdade. Mas os portugueses sabiam quem eram. Tinham consciência da sua história e das suas responsabilidades para com ela. Tinham a liberdade de amar o seu país. Não sentiam culpa por ter civilizado terras distantres, onde levantaram cidades, construiram escolas, hospitais, estradas e todo o tipo de infra-estruturas que ainda hoje são de uso. Os portugueses da Segunda República sabiam perfeitamente o que era um homem e o que era uma mulher e porque é que são diferentes. Não tinham medo que o céu lhes caísse em cima da cabeça por causa do carbono que libertavam os seus automóveis na volta saloia que gostavam de cumprir aos fins de semana. Não foram sujeitos pelos poderes instituídos a experimentais terapias genéticas.

Para mais, podemos de dizer o que quisermos sobre António Salazar, Marcelo Caetano, Rebelo de Sousa (pai), António Ferro ou Adriano Moreira, personagens destacados do Estado Novo, mas não que se tratavam de idiotas ou de pessoas que viviam da delapidação do património público.

Ao invés, a Terceira Republica é um poço de corrupção, ganância, despesismo e idiotia. A classe política não serve os interesses dos cidadãos e a oligarquia capitalista, se bem que incipiente, serve apenas os seus próprios. Os intermediários da imprensa, servem uns e outros, mesmo sendo pagos ao preço da uva mijona. Somos um país que a qualquer momento pode ser assolado por credores, mandatado por apparatchiks, aviltado por burocratas e ignorado pelo resto do mundo. Somos obedientes como bois, mas mal criados como gansos. Levamos os nossos filhos para as universidades, para que saiam de lá mais ignorantes do que lá chegaram, e directamente para o desemprego. Estamos a ser substituídos, anulados, cancelados, silenciados, marginalizados, enganados, endividados e empobrecidos a olhos vistos. Recebemos avultadas somas de dinheiro inventado no Banco Central Europeu para construirmos auto-estradas que são demasiado caras para serem usadas, ciclovias onde ninguém transita, hospitais que não conseguem recrutar médicos e parques eólicos cujas turbinas gastam em gasóleo a electricidade que produzem. Não temos nada que se assemelhe a um sector industrial e a nossa agricultura vive agora de trabalho escravo. Chegámos a um ponto de desmoralização de tal forma profunda que consideramos eleger um militar para Presidente da República, porque teve o ‘mérito’ de enfiar a manada numas tendas para as injectar com um subproduto de má farmácia. Dependemos de Bruxelas como um junkie depende da heroína e não há nada que não sejamos capazes de fazer para aplacar os piores instintos dos comissários europeus. Perdemos a identidade, esquecemos a história e cegámos para a realidade, porque, enfim, conduzimos uma carrinha Volkswagen de último modelo para o emprego que detestamos e conseguimos que o banco nos emprestasse dinheiro para termos a ilusão de que somos proprietários da casa em que vivemos.

Somos mal formados, mal pagos, mal amados e transitamos mal vestidos pela vida.

O que é que temos afinal para celebrar?

Governo alemão considera aumentar os impostos sobre a carne para 'salvar o planeta'.

Aparentemente, os protestos massivos dos agricultores do princípio deste ano não ensinaram nada aos globalistas do regime Scholz, e os alemães poderão em breve sentir o peso de mais uma decisão governamental que castiga o consumo de carne.



Estados Unidos financiam laboratório chinês que está a tentar aumentar a virulência da Gripe das Aves.

Onde é que já vimos este filme? Os americanos estão a financiar um laboratório chinês que trabalha em ganho de função do vírus da Gripe das Aves. O projecto envolve a Academia Chinesa de Ciências que também supervisiona o Instituto de virologia de Wuhan.


Mayor de Denver corta financiamento à polícia e aos bombeiros, transfere 90 milhões para assistência a imigrantes ilegais.

O mayor de Denver, Colorado, anunciou que vai cortar os orçamentos da polícia, dos bombeiros e do serviço de atendimento de emergências de forma a aumentar a assistência a imigrantes ilegais. O que é que pode correr mal?


quarta-feira, abril 24, 2024

ContraConversa: Que se lixe a política, vamos falar de livros!

Para variar e de forma a manter o espírito acima das misérias dos tempos que correm, vamos deixar a política de parte, e falar de livros. É claro que os livros também conduzem à porcaria da política, mas quanto a isso é que já não há nada a fazer. No menu, temos histórias de revoluções (a de Outubro e a da música dita ‘erudita’), confidências e divórcios de imperadores, narrativas distópicas, literatura de viagem (segundo Saramago) e a poesia de Álvaro de Campos. Às páginas tantas, fala-se de paredes de vidro, críticos que pedem a paz, primos que pedem ajuda e embaixadas que deram para o torto. Boa viagem.

‘Uncle Sam’ ou ‘Uncle Satan’? O caso clínico de uma sociedade em negação.

Nos Estados Unidos, a direita patriota e populista ainda tenta vender a ideia de que a federação é "a maior nação nesta Terra de Deus". Mas a América do Século XXI são mais um inferno garantido do que uma terra prometida.


 

Querem matá-lo: Democratas tentam retirar a protecção dos Serviços Secretos a Donald Trump.

Os democratas da Câmara dos Representantes estão a ver se conseguem retirar a protecção dos serviços secretos a Donald Trump, de forma a que fique muito mais fácil assassiná-lo.